

Viajando
Dicas
Conversando com pais amigos, percebi que alguns têm receio em viajar com as crianças, pois, é claro, estando longe de casa tudo é um desafio maior. Assim, resolvi fazer um checklist do que seria interessante levar em conta quando se está planejando uma viagem.
1. Leve sempre uma “farmacinha” – Claro que a gente nunca pretende usar, mas ter uma “farmacinha” bem conversada com a pediatra pode nos salvar muita preocupação. No nosso caso, eu levo a farmacinha alopática e a antroposófica – é bastante coisa mesmo. Dependendo do caso e da segurança da família em lidar com a situação coloco as opções na mesa.
2. Faça um roteiro com vários dias no mesmo local, além de minimizar deslocamentos permite que você conheça bem cada cidade com calma e disfrute mais sem apenas passar e “dar por visto”. Geralmente o primeiro dia a gente se localiza e descobre as principais atrações, começa a explorar e só lá pelo segundo ou terceiro dia é que descobrimos aqueles locais menos “pop” mas que podem ter tudo a ver conosco.
3. Tire um tempo do dia para canalizar as energias dos pequenos em atividades para eles. Se os seus pequenos são bem ativos, é legal já chegar nas cidades sabendo onde ficam os parques. Se essa informação não está disponível nas páginas de internet oficiais, uma opção é ir a um ofício de turismo e perguntar. Quando não acho o ofício de turismo, saio perguntando na rua mesmo para pessoas com crianças. Parquinho sempre foi a nossa salvação especialmente em cidades, quando tudo precisa ser muito controlado.
4. Procure programar a ida a locais com loja e coisas do gênero na hora que as crianças estão dormindo. Realmente não é atividade para se fazer os pequenos... sorry... além de estimular o consumismo geralmente é um estresse para todos, criança e loja não combinam.
5. As partes mais estressantes da viagem geralmente são os deslocamentos, com o sobe e desce de bagagens. Sim, é quase impossível levar pouca coisa ao se viajar com crianças, mas se esforce que você não vai se arrepender. Tento levar uma mala conjunta com as coisas do meu pequeno e vou colocando brinquedos pelo meio das coisas.
6. Além da bagagem, períodos estendidos de deslocamento exigem uma boa dose de criatividade para o entretenimento. No carro nós vamos cantando, olhando todos os atrativos da rua, conversando, e lendo – para quem não enjoa. No trem é bem mais fácil, é só levar uns brinquedos e lembrar de comprar os assentos que têm mesa. No avião, se o seu filho gosta de desenhar você tem sorte! Não é o nosso caso, então além de passear muito pelo avião, nos rendemos ao vídeo mesmo e muita leitura!
7. Use o vídeo com moderação kkkkk Todos já devem ter lido sobre os diversos malefícios que o uso de eletrônicos pode causar sobre o cérebro dos pequenos, mas... ninguém é de ferro. Nós nos esforçamos bastante para usar todos os outros artifícios, mas de vez em quando nos entregamos para a sedução confortável das tecnologias. Levar um tablet com desenhos já baixados de boa qualidade (sugiro o aplicativo do Palavra Cantada) pode ser um salvador de vidas quando precisamos resolver alguma crise durante a viagem (que acontecem mesmo com muito planejamento).
8. Comida é um item crítico. Sempre tento planejar o que o meu pequeno vai comer. Já deixo uma coisa de molho de manhã antes de sair do apartamento (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico) e na volta voilà! É rapidinho de cozinhar alguma coisa para ter pronto no outro dia – geralmente uma leguminosa + arroz ou quinoa ou macarrão + legumes – cenoura só cortadinha é tudo de mais fácil e maravilhoso).
9. Considerando o ponto 8, sempre buscamos um lugar com cozinha, nem que seja bem básica, para não ficar no perrengue de não ter comida já que a maioria dos locais não têm alimentação ideal para crianças. Também procuramos apartamentos ou casas com área para brincadeira, como um gramado, jardim ou perto de algum parquinho. Hoje em dia, com os sites de aluguel diretamente com o proprietário isso ficou bem mais fácil e prático.
10. E por último, mas não menos importante, curta! Até os momentos de crise! Isso pode parecer surreal, mas mesmo não sendo totalmente possível às vezes, a gente se esforça!